quinta-feira, 3 de novembro de 2011

A vida adulta.


















Então a vida é como um caminho que trilhamos.
Uma trilha em linha reta, a título de servir a minha metáfora.

Passada a infância, trajeto sem muitas surpresas e do qual não me lembro de ter encarado grande coisa de problemas, chega a adolescência.
Os problemas (coisas com as quais não sei lidar, infortunos, tristezas), começam a chegar.
Um de cada vez. "ó, fulaninho não gosta de mim! Que problema!"

Uma pedra.
Aí, adolescente, paro o caminho, olho para a pedra, ela olha pra mim, conversamos, discutimos, avaliamos, e depois de muita interação, lá vou eu, tiro a pedra do caminho, olho para frente e continuo o trajeto.

A adolescência vai passando, cada vez surgem mais pedras, maiores, mais difíceis.
Com certa dificuldade continuo no alto da minha maturidade retirando cada uma do caminho.

Pois bem, essa é a minha conclusão sobre a vida adulta.

As pedras cada vez maiores, aparecem cada vez mais rápido, numa velocidade que não dou conta, vão se empilhando uma em cima das outras e eu vou andando meio rindo meio desesperando empurrando essa bola de neve embolada no caminho tudo junto.
A adulteza é a ironia de responder "sim vou bem", atrás da pilhazinha que cresce.

E a verdade é que todo mundo tem lá suas pedras, e provavelmente a pilha vai ficando cada vez maior, mais desordenada e barulhenta nós viajantes cada vez mais conscientes de todos os seus detalhes.
E algumas vão ficar na pilha das "irresolvíveis", outras talvez demorarão, outras não.
Mas a vida é assim e se não tivesse pepinos não seria vida.

Divertida, confusa, enroscada e ainda-bem que consciente.